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Avalie fundos de ações para exposição internacional

Avalie fundos de ações para exposição internacional

18/08/2025 - 20:29
Bruno Anderson
Avalie fundos de ações para exposição internacional

Em um cenário marcado por oscilações cambiais e contrastes entre mercados doméstico e externo, entender a relevância de fundos de ações com exposição internacional torna-se fundamental. Neste artigo, vamos explorar dados, tendências e estratégias que podem elevar a performance de sua carteira, além de oferecer recomendações práticas para 2025.

Cenário e desempenho recente

O ano de 2024 foi um divisor de águas para investidores brasileiros que olharam além da B3. O S&P 500 subiu 24,9%, enquanto o dólar valorizou 27% frente ao real.

Combinando esses efeitos, o retorno em reais de aplicações no exterior ficou na faixa de 50%, contraste nítido com a queda de 10,37% do Ibovespa e a desvalorização acumulada de 30,5% do combo Ibovespa + real.

Além disso, o índice BDRX, que representa recibos brasileiros de ações estrangeiras, surpreendeu com alta de 72,19% em 2024, confirmando a força da diversificação internacional.

Por que considerar fundos de ações internacionais?

Ao avaliar seu portfólio, é importante reconhecer benefícios que vão além da simples busca por rentabilidade. Os fundos de ações internacionais oferecem vantagens estruturais que podem proteger e impulsionar seus investimentos.

  • Diversificação reduz a dependência do cenário econômico brasileiro;
  • Proteção natural contra desvalorização do real por meio de ativos atrelados ao dólar;
  • Acesso a empresas líderes globais e setores mais inovadores;
  • Possibilidade de explorar momentos atraentes no exterior em 2025.

Esses pontos tornam a alocação em fundos internacionais uma estratégia robusta para investidores que buscam solidez e crescimento de longo prazo.

Principais veículos de acesso

Existem diversas formas de incluir ativos internacionais em sua carteira, cada uma com características específicas de custo, liquidez e complexidade operacional.

  • ETFs: como o It Now S&P500 (SPXI11), com diversificar com baixo custo e taxa de administração de 0,21% ao ano;
  • Fundos internacionais: disponíveis em gestoras brasileiras, com estratégias que variam entre exposição via BDRs ou hedge cambial;
  • BDRs: recibos de ações estrangeiras negociados na B3 permitem compra em reais sem conta no exterior.

Cada veículo deve ser avaliado quanto a custos de administração, tributação e adequação ao perfil de risco do investidor.

Comparativo de performance

Para ilustrar o desempenho comparado entre diferentes opções de investimento em 2024, apresentamos uma tabela resumida:

Perspectivas e tendências para 2025

Analistas apontam que 2025 seguirá favorável para exposições internacionais, tanto em renda variável quanto em renda fixa. A expectativa de resiliência da economia americana, aliada a um dólar ainda atrativo, sustenta esse otimismo.

Algumas carteiras globais recomendadas por instituições como XP Investimentos já apontam sobrepeso em regiões fora dos EUA, como Europa e China, e novos setores em destaque, incluindo energia nuclear e finanças.

Manter performance histórica comprovada em 2024 pode ser o diferencial para quem busca ganhar com a retomada e a inovação global nos próximos ciclos.

Como investir em fundos internacionais

Para dar os primeiros passos em investimentos internacionais, siga boas práticas que ajudam a estruturar uma carteira alinhada aos seus objetivos e ao seu perfil:

  • Defina seu percentual de alocação internacional com base em tolerância a risco e horizonte de investimento;
  • Escolha veículos (ETFs, fundos, BDRs) que combinem custos competitivos e transparência na gestão;
  • Consulte um especialista para construir uma gestão profissional alinhada ao perfil e rebalancear periodicamente.

Essa abordagem passo a passo torna o processo mais seguro e organizado para qualquer investidor.

Riscos e pontos de atenção

Apesar dos atrativos, é imprescindível entender os riscos associados às aplicações internacionais. A oscilação cambial, por exemplo, pode amplificar ganhos ou perdas.

Além disso, eventos geopolíticos e mudanças na política monetária global podem impactar fortemente a performance desses fundos. Oscilações cambiais podem afetar retornos de maneira imprevisível.

Atente-se também às taxas de administração e à tributação sobre ganhos em investimentos no exterior, garantindo que essas despesas estejam dentro das suas projeções de rentabilidade.

Estratégias para o investidor brasileiro

Em síntese, avaliar fundos de ações para exposição internacional requer uma visão ampla de cenários, desempenho passado e perspectivas futuras. A diversificação global atua como um escudo contra riscos locais.

Ao combinar diferentes veículos de acesso e manter disciplina na alocação, você pode aproveitar as melhores oportunidades do mercado global e proteger seu patrimônio das instabilidades domésticas.

Comece agora a revisar sua carteira, defina metas claras e conte com orientação especializada para inserir fundos internacionais de forma inteligente e sustentável em seus investimentos.

Bruno Anderson

Sobre o Autor: Bruno Anderson

Bruno Anderson