Em um cenário econômico marcado por volatilidade e incertezas, perspectivas positivas de longo prazo emergem para quem busca diversificar a carteira. Os Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra) combinam benefícios fiscais, renda estável e exposição a setores essenciais da economia, oferecendo uma alternativa robusta diante dos desafios macroeconômicos atuais.
Para 2025, o Brasil projeta investimentos de R$ 278 bilhões em infraestrutura, o que representa 2,21% do PIB, ainda abaixo dos 4% ideais para impulsionar competitividade. O setor de transportes lidera esses aportes, com previsão de R$ 89,9 bilhões, um salto de 28,4% em relação a 2024. Além disso, estão programados mais de 110 leilões de concessões, PPPs e privatizações, com potencial de R$ 250 bilhões em investimentos privados, especialmente em saneamento e logística.
O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pretende investir quase R$ 600 bilhões até 2026. Até o fim de 2024, já foram executados R$ 711 bilhões em obras, embora apenas 16,6% esteja concluído. Fóruns e eventos do setor debatem como destravar mais de US$ 10 bilhões em projetos entre 2025 e 2030, reunindo líderes públicos, privados e fundos globais.
Apesar da elevação das taxas de juros, investidores institucionais e fundos globais injetaram R$ 12,5 bilhões em aquisições de ativos de infraestrutura no Brasil em 2025, reforçando a atratividade internacional do setor.
Os FI-Infra destinam-se principalmente à aquisição de debêntures incentivadas, emitidas por projetos de infraestrutura, com objetivo de financiar obras em transporte, energia, saneamento e logística. Sua carteira costuma contar com ativos de maturação longa e perfil de risco compatível com investidores conservadores.
Entre as principais vantagens, destaca-se a isenção de imposto de renda tanto nos rendimentos quanto na venda das cotas, ampliando o ganho líquido do investidor. A estrutura de distribuição costuma ser mensal, proporcionando um fluxo de caixa previsível e facilitando o planejamento financeiro.
O perfil de longo prazo, com vencimentos que podem se estender por mais de uma década, agrega segurança em períodos de alta inflação, uma vez que esses ativos ajustam-se a índices econômicos ou taxas pré-definidas, mitigando erosões de poder de compra.
Apesar das vantagens, os FI-Infra não estão livres de riscos. A alta da taxa básica de juros pode pressionar os preços das cotas no curto prazo, e eventuais atrasos em obras ou mudanças regulatórias podem afetar a rentabilidade.
Para mitigar esses desafios, recomenda-se diversificar entre fundos com prazos de vencimentos distintos, acompanhar relatórios gerenciais e optar por gestores com histórico comprovado em infraestrutura.
O Brasil se posiciona como palco promissor para projetos de infraestrutura verde, energia renovável e descarbonização. Estados como São Paulo oferecem previsibilidade regulatória, atraindo capitais nacionais e estrangeiros.
A dinâmica de concessões e leilões prevê aporte de recursos em saneamento, com 27 editais, incluindo cinco de grande porte, e oportunidades em transporte. O aumento da demanda logística, impulsionado pelo agronegócio e pelo e-commerce, consolida a relevância desse segmento.
Investir em FI-Infra requer análise criteriosa e acompanhamento contínuo. Considere os seguintes passos antes de alocar recursos:
Além disso, inserir uma pequena parcela de FI-Infra em sua carteira pode reduzir a correlação com ativos de risco e ampliar a proteção contra a inflação.
Em 2025, apostar em FI-Infra representa uma estratégia de diversificação alinhada às necessidades de preservação de capital e busca por rentabilidade estável. O cenário de investimentos robustos, o pipeline de projetos e os benefícios fiscais reforçam o apelo desses fundos.
Ao compreender a mecânica dos FI-Infra, equilibrar riscos e selecionar gestores competentes, o investidor pode aproveitar um segmento ainda pouco explorado, mas com potencial de reprecificação e recuperação substancial. Comece agora a explorar essa classe de ativos e torne sua carteira mais resiliente e preparada para o futuro.
Referências