O cartão de crédito oferece praticidade e poder de compra, mas exige disciplina para não se tornar uma armadilha financeira.
Com as taxas de juros elevadas e o crescimento acelerado das transações, entender seu funcionamento é fundamental.
Em 2024, foram transacionados R$ 2,8 trilhões apenas no crédito, alta de 14,6% em relação a 2023. Somadas todas as modalidades, o volume atingiu R$ 4,1 trilhões.
No primeiro trimestre de 2025, o setor bateu novo recorde: R$ 1,1 trilhão em transações, sendo R$ 721,1 bilhões no crédito. O número de operações subiu para 11,4 bilhões, com 5,1 bilhões só em crédito.
Esses dados da Abecs mostram o predomínio do cartão como meio de pagamento e a necessidade de gestão responsável dos gastos.
O crédito rotativo ocorre quando o consumidor não quita a fatura integral. Nesse caso, incidem taxas de juros do rotativo, que alcançaram 449,9% ao ano em maio de 2025.
Apesar do teto legal de 100% sobre o valor principal, a projeção anual reflete o cenário de permanência prolongada no rotativo. Mesmo semanas de atraso podem gerar encargos pesados.
Comparado a outras modalidades, o rotativo é o mais caro do sistema financeiro, exigindo atenção redobrada aos prazos.
O uso indiscriminado pode levar ao endividamento e prejudicar seu planejamento financeiro. Conheça as armadilhas mais comuns:
Esses riscos podem comprometer seu nome no mercado e gerar dívida crescente em razão dos juros compostos.
Para usar o cartão com responsabilidade, adote hábitos que protejam seu orçamento:
Essas práticas ajudam a manter saúde financeira e evitar surpresas desagradáveis.
Em 2024, entrou em vigor o limite legal que impede encargos superiores a 100% do valor principal da dívida, salvo acordo diferente.
Apesar da regulamentação, o brasileiro lida com um dos ambientes de crédito mais caros do mundo, reforçando a importância da disciplina e do conhecimento.
Especialistas estimam que o volume total de transações com cartões ultrapasse R$ 4,5 trilhões ainda em 2025, impulsionado pela digitalização e pelo consumo.
Bancos e fintechs investem em ferramentas e conteúdos educativos, mas o maior desafio permanece: uso consciente aliado à disciplina.
Muitos consumidores sentem-se empoderados ao receber um cartão com limite elevado e acabam gastando além da conta.
Sem planejamento, as parcelas se acumulam e a dívida no rotativo pode se estender por meses, gerando cobranças e comprometendo o orçamento familiar.
Por outro lado, quem adota controle rigoroso, quita a fatura integral e revisita regularmente seus hábitos de consumo, constrói histórico positivo e ganha tranquilidade.
Adotar uma postura consciente diante do cartão de crédito é o primeiro passo para transformar essa ferramenta em aliada, não em inimiga. Com informação e disciplina, você domina suas finanças e evita as armadilhas dos juros excessivos.
Referências