Em um cenário econômico repleto de incertezas e oportunidades, o investidor busca soluções que ofereçam, ao mesmo tempo, segurança e potencial de rendimento superior. Nesse contexto, o COE ganha destaque por ser um instrumento financeiro híbrido que combina vantagens de diferentes classes de ativos.
Seja você um investidor iniciante em busca de diversificação, seja um investidor experiente aberto a estratégias sofisticadas, o COE pode surpreender ao apresentar proteção total ou parcial do capital e acesso a cenários de alta em mercados de risco.
O Certificado de Operações Estruturadas, conhecido pela sigla COE, é um produto desenvolvido originalmente na Europa e Estados Unidos, que chegou ao Brasil em 2013, regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e previsto na Lei 12.249/10.
Trata-se de uma modalidade registrada na Cetip, hoje integrada à B3, garantindo transparência e rastreabilidade em cada emissão feita por instituições financeiras autorizadas.
Cada COE é composto por duas camadas principais: uma parcela de renda fixa, que assegura um piso de retorno ou proteção ao principal, e uma parcela de derivativos atrelados a ativos de renda variável, capazes de gerar ganhos adicionais.
O prazo de aplicação deve ser definido antes da compra, variando geralmente de 2 a 5 anos, e não conta com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Por isso, a solidez do emissor é crucial ao escolher um COE.
Os COEs podem ter remuneração atrelada a diferentes ativos de referência, permitindo ao investidor combinar expectativas de mercado com proteção contratual:
O rendimento final dependerá da estrutura definida no momento da emissão e do desempenho dos ativos atrelados nas datas de observação.
Investir em COE traz ao público geral benefícios antes restritos a investidores qualificados, como possibilidade de ganhos potencialmente maiores que renda fixa e diversificação e acessibilidade a mercados globais.
Além disso, a transparência: todas as condições e cenários de retorno e risco são pré-definidos em contrato, evitando surpresas ao investidor.
Os rendimentos do COE estão sujeitos ao Imposto de Renda retido na fonte, seguindo a tabela regressiva de alíquotas conforme o prazo de aplicação:
Apesar das proteções contratuais, o COE não é imune a todos os riscos. Em produtos sem capital protegido, existe possibilidade de perda parcial do valor aplicado se os ativos não se comportarem conforme previsto.
A liquidez costuma ser limitada, pois não há resgate antecipado garantido. Quando disponível, o resgate está sujeito a condições de mercado que podem reduzir consideravelmente o valor recebido.
O COE é indicado para investidores com perfil moderado a arrojado, que desejem:
Antes de investir, é fundamental analisar o Documento de Informações Essenciais (DIE), que detalha:
A avaliação cuidadosa do emissor, das taxas envolvidas e da viabilidade do cenário projetado permite ao investidor tomar decisões mais seguras e alinhadas com seus objetivos finanos.
O COE representa uma alternativa inovadora no portfólio de quem busca aliar segurança e potencial de ganhos. Com estrutura clara e diversas temáticas disponíveis, ele abre caminho para experimentar estratégias antes restritas a investidores profissionais.
Ao compreender sua dinâmica, riscos e particularidades, qualquer investidor pode aproveitar o melhor de dois mundos: a solidez da renda fixa e as oportunidades da renda variável, tudo em um mesmo produto.
Referências