As empresas familiares representam quase a totalidade do tecido empresarial no Brasil. Dados do IBGE apontam que 90% das empresas brasileiras são controladas por famílias, respondendo por cerca de 65% do PIB nacional e empregando 75% da força de trabalho.
Além do impacto econômico, essas organizações exercem um papel social fundamental, gerando empregos e fomentando o desenvolvimento local. No entanto, são poucos os casos em que ultrapassam a terceira geração, o que evidencia a necessidade de estruturas mais sólidas para garantir longevidade.
O cenário competitivo e as exigências do mercado de capitais tornaram a governança corporativa um diferencial estratégico. Ao adotar melhores práticas, empresas familiares conseguem:
Para estruturar a governança, as empresas têm recorrido a conselhos formais e protocolos familiares. Cerca de 55% das organizações pesquisadas participam de mais de dez reuniões de conselho de administração por ano, refletindo um compromisso com o planejamento estratégico.
Práticas cada vez mais comuns incluem:
Embora os benefícios sejam claros, a jornada rumo a uma governança estruturada esbarra em barreiras culturais e operacionais:
Empresas familiares que investem em governança relatam ganhos expressivos em performance e acesso a capital. A pesquisa do ACI Institute/KPMG (2022) constatou que organizações com estruturas consolidadas apresentam:
• Crescimento na receita e na lucratividade; • Maior facilidade para atrair fundos de investimento; • Ambiente interno de trabalho mais transparente, ampliando a retenção de talentos.
Esses resultados confirmam que o fortalecimento da governança não é apenas um custo adicional, mas um investimento com retorno mensurável em valor de mercado e resiliência frente a crises.
O movimento em direção a uma gestão mais profissional e transparente tende a se intensificar. Entre as principais tendências, destacam-se:
Em um ambiente globalizado, empresas familiares que abraçam essas inovações estarão mais bem posicionadas para acessar novas fontes de financiamento, garantir a perenidade dos negócios e fortalecer seu legado para as gerações futuras.
Referências